Aleatoriedades

O vento gelado no rosto O ar gelado que vem da rua Esfria,congela,faz sentir-se viva Entre as ruas sem caminhos Me encontro e desencontro.  O corpo estremece Os batimentos do coração aceleram É apenas o vento, o vento gelado Ele congela apenas o corpo. Os sentimentos ficam intactos Vivos, disparados. Os sentimentos sempre vão traçar seu lugar Seu momento e moradia Sentimentos de amor,ternura e compreensão Fazemos nosso lugar de estar Seja no aqui,seja no amanhã. Faço meu lugar para ficar No corpo e no coração Fora dele ou até de passagem Passei por aqui,volto quando puder Quem sabe depois do inverno Nas tardes de outono Ou no próximo verão.

Cada um faz o que quer,escolhe muitas vezes aquilo que é melhor naquele momento,seja voltada para si,seja voltada para o outro ou para suas atividades. Mas sempre somos providos de escolhas e caminhos a percorrer o tempo todo,no momento que colocar outras prioridades na frente outras se tornam menores ou até inexistentes. Todo mundo fala quando quer falar,dá atenção quando quer,ninguém tem acesso a sua subjetivação privatizada. Algo que se tornaria acessado por todos antigamente,foi conquistado e ninguém poderia ser dono e nem ter acesso a sua própria consciência. Temos tudo hoje,somos donos do que pensamos e agimos,sem obter outras conquistas para com isso.

Palavras ditas Palavras vividas Palavras ao vento Palavras que levo Palavras que guardo Remexo na gaveta Ponho na mesa Palavras que faz cair o mundo Palavras que pode te trazer o mundo Palavras que não se escolhe Palavras que acontecem Palavras que não levo Palavras que apenas sinto Palavras que apenas são palavras Palavras que te faz viver Palavras meramente palavras.